terça-feira, 9 de julho de 2013

A festa do luto


Aqueles que me conhecem mais de perto sabem o quanto esta semana pesa em meu coração, e, que, por razões óbvias, prefiro ficar em silêncio e guardar certo luto ano após ano. Alguns simplesmente não conseguem respeitar isso, mas sei que não é por mal, sei que querem me ver bem, ver-me “feliz”, mas entendam que isso jamais será possível nesta semana, em qualquer que seja o ano. 

ONTEM foi aniversário de morte da minha mãe-querida, que cuidou de mim de forma carinhosa e cheia de entrega para que nada me faltasse durante a infância e adolescência; sei, cada vez mais, o quanto isto foi desafiadoramente difícil, e sempre serei grato a ela pelas “outras oportunidades” que a vida tinha a oferecer e que ela soube me fazer enxergar.
 
HOJE é aniversário de morte do meu pai, que somente em seus últimos meses de vida tive a oportunidade de estar tão perto de seu coração, em viver como pai e filho, ainda que na hora da dor, e por um breve período de tempo. 

AMANHÃ é um dia como outro qualquer, acreditem ou não (e gostaria muito que todos acreditassem), é um dia que passei a odiar por ter de ouvir “parabéns” ou “felicidades”.

Costumo ouvir que quando perdemos pessoas que amamos, elas também levam um pouco de nós ao partir, mas isto não é totalmente verdade; a verdade é que elas continuam levando um pouco de nós a cada momento que lembramos a perda, quando em cada lembrança pesamos as vezes que nós fomos ingratos ou, ainda, quando identificamos as oportunidades que perdemos ao lado dessas pessoas especiais por questões tão pequenas e egoístas.

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