Aqueles que me conhecem mais de perto sabem
o quanto esta semana pesa em meu coração, e, que, por razões óbvias, prefiro
ficar em silêncio e guardar certo luto ano após ano. Alguns simplesmente não
conseguem respeitar isso, mas sei que não é por mal, sei que querem me ver bem,
ver-me “feliz”, mas entendam que isso jamais será possível nesta semana, em
qualquer que seja o ano.
ONTEM foi aniversário de morte da minha
mãe-querida, que cuidou de mim de forma carinhosa e cheia de entrega para que
nada me faltasse durante a infância e adolescência; sei, cada vez mais, o
quanto isto foi desafiadoramente difícil, e sempre serei grato a ela pelas “outras
oportunidades” que a vida tinha a oferecer e que ela soube me fazer enxergar.
AMANHÃ é um dia como outro qualquer,
acreditem ou não (e gostaria muito que todos acreditassem), é um dia que passei
a odiar por ter de ouvir “parabéns” ou “felicidades”.
Costumo ouvir que quando perdemos pessoas
que amamos, elas também levam um pouco de nós ao partir, mas isto não é totalmente
verdade; a verdade é que elas continuam levando um pouco de nós a cada momento
que lembramos a perda, quando em cada lembrança pesamos as vezes que nós fomos
ingratos ou, ainda, quando identificamos as oportunidades que perdemos ao lado
dessas pessoas especiais por questões tão pequenas e egoístas.
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