terça-feira, 27 de abril de 2010

ISBN (International Standard Book Number)

Como alguns leitores (e autores) já vieram me perguntar sobre o assunto, resolvi criar aqui no blog mais um marcador, chamado dicas, que usarei sempre para passar alguma informação que entendo ser interessante. Tudo bem... Admito estar agora abrindo uma exceção, criando um marcador que não estava previsto para o blog, mas acredito ser por uma boa causa.

ISBN é aquele número que normalmente aparece na quarta-capa dos livros, sempre acompanhado de um código de barras, e trata-se de uma padronização internacional para identificar cada publicação por origem de nacionalidade e editora, individualizando-a em seguida por edição e título.

Para o mercado literário, a utilização do código de barras correspondente ao identificador numérico da publicação, trouxe uma série de benefícios, desde a facilidade em se organizar e controlar estoques, distribuição e vendas até a garantia de que a publicação solicitada pelo leitor em uma livraria será exatamente aquela que deseja.

O código ISBN não é algo exclusivo às empresas (editoras) e podem ser requeridos também pelos autores que editam e publicam suas próprias obras, ou seja, o requerimento vale tanto para pessoa jurídica quanto para pessoa física. A diferença está em restringir o autor a editar e publicar apenas livros de sua própria autoria.

Não é complicado requerer o código ISBN, basta ter um pouquinho de paciência para preencher os formulários necessários (cadastro e requerimento) que podem ser baixados em arquivo PDF. Há, inclusive, modelos de preenchimento para ambos, e o único trabalho de fato será “copiar” as informações alterando apenas aquelas que estejam de acordo com sua própria obra.

O cadastro é necessário somente uma vez e deve ser feito obrigatoriamente com o requerimento de um primeiro código ISBN, ou seja, não é possível realizar o cadastro, seja de pessoa jurídica ou pessoa física para futuramente requerer um código ISBN. Só há cadastro se houver o primeiro número a requerer.

Os custos para cadastro e requerimento, em valores atualizados para este mês, são respectivamente R$ 180,00 e R$ 12,00, e, havendo interesse pelo fotolito com o código de barras, normalmente usado pelas gráficas para inseri-lo na quarta-capa do livro, há um custo adicional de R$ 22,00.

O primeiro requerimento é mais caro por conta do cadastramento na agência, mas para as futuras publicações, cada código requerido, já com o fotolito do código de barras, sairá por R$ 34,00.

Informações importantes: Uma vez requerido e aprovado, o código tem validade apenas para uso no ano em que foi requerido; o código não pode ser reaproveitado por outra editora/editor e nem tampouco para outra edição da mesma obra.

O escritório da Agência Brasileira do ISBN fica no Rio de Janeiro à Rua Debret nº 23, sala 803 – Centro. Para maiores informações sobre o código ISBN visitar a seguinte página no website da Fundação Biblioteca Nacional: http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=26

Saudações literárias!
Roberto Laaf

2 comentários:

  1. Olá Laaf! Eu pesquisei na BN do Rio e o que me informaram foi que posso registrar minha obra e obter o ISBN por R$ 20,00, pagos através de um boleto no Banco do Brasil. Não sei se me enganei, tenho o mal hábito de me confundir com os pormenores. Agora, alguns editores me aconselharam a não fazer tal registro porque muitas editoras preferem mexer em alguns pontos que acham fracos e só depois registrar. Para paranóicos, como eu, que querem se assegurar de que ninguém vai plagiar sua estória, uma editora me aconselhou a enviar para mim mesma, em carta registrada, uma cópia do meu próprio livro. Diz ela, que esse registro é aceito como prova em um possível - só fantasiando - processo de plágio.
    Abraço!

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  2. Olá, Nanda!
    OS valores a que me refiro no post são exclusivamente para a Agência Brasileira do ISBN, e só podem ser pagos por meio de depósito bancário à Fundação Miguel de Cervantes, numa conta do banco Real. São valores para cadastro e requerimento de número de ISBN. Já o valor que você mencionou, é para registro de originais junto ao EDA (Escritório de Direitos Autorais), que realmente custa R$ 20,00 e é pago exclusivamente por Guia de Recolhimento da União (GRU) no Banco do Brasil.
    Em matéria voltada aos novos escritores, publicada na revista Veja há cerca de dois anos, havia uma orientação para se registrar a obra antes de enviá-la às editoras. Excesso de cuidado ou não, embora seja pouco provável que uma editora séria se preste a tal crime, acho válida a prática do registro autoral no momento em que a obra original fica pronta. Mesmo que no futuro seja realizado um trabalho forte de copidesque, a ideia original de sua história já estará registrada.
    Obrigado por comentar.
    Saudações!

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