Quando comprei esse livro, na verdade eu estava procurando alguma literatura acerca dos famosos casos de assassinato ocorridos em Whitechapel, cujas tragédias deram origem ao infame Jack, o estripador. A capa do livro logo chamou minha atenção, e, ao ler um pouco sobre a obra desse James Reese, até então desconhecido para mim, presumi que a leitura seria gratificante. Não me enganei.
Embora a obra não seja exatamente fluida, em parte por sua composição epistolar no que seria o diário de Stoker, algumas cartas trocadas com Thomas Hall Caine e inserções de textos que teriam sido publicados em jornais da Londres de 1888, e, ainda, devido a grande quantidade de notas de rodapé, o crescente interesse pelo desenrolar dos acontecimentos e a “narrativa testemunho” nas escritas de Stoker, criadas por Reese, conduziram-me prazerosamente até a última página do livro.
Como eu havia lido, bem recentemente, uma obra bem completa sobre Jack, o estripador, nem seria necessário ler as notas do autor ao final do livro para saber que ele mergulhou de cabeça em uma ampla pesquisa histórica sobre o assunto.
Quando lemos uma ficção que nos leva a pressupor que seu conteúdo poderia muito bem ser o relato de algo verdadeiro, em geral, achamos o livro muito bom; quando ficamos nos perguntando em vários momentos se aquilo teria mesmo acontecido, então o livro é mesmo arrebatador; agora, em minha opinião, quando ao final do livro o autor esclarece nossas dúvidas, ele é completo.
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Como decidi vender todo meu pequeno acervo de livros, quem tiver interesse em comprar meu exemplar de Dossiê Drácula, seu preço é de R$ 10,00 mais as despesas de remessa (a ser escolhida pelo comprador, embora eu sugira o método de envio de impresso).
Para maiores detalhes sobre o estado geral do livro, entre em contato comigo pelo meu e-mail pessoal: roberto.laaf@gmail.com
Saudações literárias!
sexta-feira, 20 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Hiato
Figurativamente, diz-se de falha, lacuna, e estes
são termos bastante adequados para sintetizar o tempo (em duas ocasiões) que
passei afastado das minhas atividades literárias, o “hiato” que durou longos seis
meses.
Por mais que eu queira me doar com o intuito de
recuperar o que ficou para trás, a verdade é que não é possível preencher uma
lacuna do passado, não há mágica para materializar, de uma só vez, todas as
coisas maravilhosas que deveriam ter se concretizado e que acabaram ficando
suspensas, como névoas persistentes que não se dissiparam e continuaram
presentes mesmo em meus momentos mais sombrios. Não há atalho para refazer o
caminho...
Quando finalmente entendemos isso, ou melhor,
quando aceitamos que não existe atalho para voltar e consertar todas as coisas
que dependiam de nós, o único caminho aceitável é olhar para frente e
replanejar os projetos para que, da melhor forma possível, possamos realizar no
futuro tudo o que ficou pendente sem, contudo, atrapalhar o que faz parte do
presente.
Nem sempre a prática reflete o que é tão claro na
teoria...
Os motivos que me levaram ao hiato foram muitos,
alguns alheios à minha vontade, foram até mais vilões que aqueles relacionados à
saúde, no entanto, a soma de todos eles resultou em um prejuízo emocional
irrecuperável, e, a despeito de trabalhar com afinco em cada replanejamento
necessário para retomar as atividades, a quebra do resplandecente espírito de
outrora está evidente em cada novo resultado.
Talvez eu esteja diante de uma grande revelação; permito-me
até mesmo a pensar que essa tortuosa rota que precisei trilhar tenha sido
providencial para que, neste exato momento, eu entenda que não há energia
inesgotável para minhas produções literárias, mas tampouco a energia que falta
pode ser suprida a partir de fontes diversas da existente em meu coração.
Saudações literárias!
Roberto Laaf
terça-feira, 9 de julho de 2013
A festa do luto
Aqueles que me conhecem mais de perto sabem
o quanto esta semana pesa em meu coração, e, que, por razões óbvias, prefiro
ficar em silêncio e guardar certo luto ano após ano. Alguns simplesmente não
conseguem respeitar isso, mas sei que não é por mal, sei que querem me ver bem,
ver-me “feliz”, mas entendam que isso jamais será possível nesta semana, em
qualquer que seja o ano.
ONTEM foi aniversário de morte da minha
mãe-querida, que cuidou de mim de forma carinhosa e cheia de entrega para que
nada me faltasse durante a infância e adolescência; sei, cada vez mais, o
quanto isto foi desafiadoramente difícil, e sempre serei grato a ela pelas “outras
oportunidades” que a vida tinha a oferecer e que ela soube me fazer enxergar.
AMANHÃ é um dia como outro qualquer,
acreditem ou não (e gostaria muito que todos acreditassem), é um dia que passei
a odiar por ter de ouvir “parabéns” ou “felicidades”.
Costumo ouvir que quando perdemos pessoas
que amamos, elas também levam um pouco de nós ao partir, mas isto não é totalmente
verdade; a verdade é que elas continuam levando um pouco de nós a cada momento
que lembramos a perda, quando em cada lembrança pesamos as vezes que nós fomos
ingratos ou, ainda, quando identificamos as oportunidades que perdemos ao lado
dessas pessoas especiais por questões tão pequenas e egoístas.
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