sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um surpreendente "passeio" com Stoker em 1888

Quando comprei esse livro, na verdade eu estava procurando alguma literatura acerca dos famosos casos de assassinato ocorridos em Whitechapel, cujas tragédias deram origem ao infame Jack, o estripador. A capa do livro logo chamou minha atenção, e, ao ler um pouco sobre a obra desse James Reese, até então desconhecido para mim, presumi que a leitura seria gratificante. Não me enganei.

Embora a obra não seja exatamente fluida, em parte por sua composição epistolar no que seria o diário de Stoker, algumas cartas trocadas com Thomas Hall Caine e inserções de textos que teriam sido publicados em jornais da Londres de 1888, e, ainda, devido a grande quantidade de notas de rodapé, o crescente interesse pelo desenrolar dos acontecimentos e a “narrativa testemunho” nas escritas de Stoker, criadas por Reese, conduziram-me prazerosamente até a última página do livro.

Como eu havia lido, bem recentemente, uma obra bem completa sobre Jack, o estripador, nem seria necessário ler as notas do autor ao final do livro para saber que ele mergulhou de cabeça em uma ampla pesquisa histórica sobre o assunto.

Quando lemos uma ficção que nos leva a pressupor que seu conteúdo poderia muito bem ser o relato de algo verdadeiro, em geral, achamos o livro muito bom; quando ficamos nos perguntando em vários momentos se aquilo teria mesmo acontecido, então o livro é mesmo arrebatador; agora, em minha opinião, quando ao final do livro o autor esclarece nossas dúvidas, ele é completo.

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Como decidi vender todo meu pequeno acervo de livros, quem tiver interesse em comprar meu exemplar de Dossiê Drácula, seu preço é de R$ 10,00 mais as despesas de remessa (a ser escolhida pelo comprador, embora eu sugira o método de envio de impresso).

Para maiores detalhes sobre o estado geral do livro, entre em contato comigo pelo meu e-mail pessoal: roberto.laaf@gmail.com

Saudações literárias!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Hiato



Figurativamente, diz-se de falha, lacuna, e estes são termos bastante adequados para sintetizar o tempo (em duas ocasiões) que passei afastado das minhas atividades literárias, o “hiato” que durou longos seis meses.

Por mais que eu queira me doar com o intuito de recuperar o que ficou para trás, a verdade é que não é possível preencher uma lacuna do passado, não há mágica para materializar, de uma só vez, todas as coisas maravilhosas que deveriam ter se concretizado e que acabaram ficando suspensas, como névoas persistentes que não se dissiparam e continuaram presentes mesmo em meus momentos mais sombrios. Não há atalho para refazer o caminho...

Quando finalmente entendemos isso, ou melhor, quando aceitamos que não existe atalho para voltar e consertar todas as coisas que dependiam de nós, o único caminho aceitável é olhar para frente e replanejar os projetos para que, da melhor forma possível, possamos realizar no futuro tudo o que ficou pendente sem, contudo, atrapalhar o que faz parte do presente.

Nem sempre a prática reflete o que é tão claro na teoria...

Os motivos que me levaram ao hiato foram muitos, alguns alheios à minha vontade, foram até mais vilões que aqueles relacionados à saúde, no entanto, a soma de todos eles resultou em um prejuízo emocional irrecuperável, e, a despeito de trabalhar com afinco em cada replanejamento necessário para retomar as atividades, a quebra do resplandecente espírito de outrora está evidente em cada novo resultado.

Talvez eu esteja diante de uma grande revelação; permito-me até mesmo a pensar que essa tortuosa rota que precisei trilhar tenha sido providencial para que, neste exato momento, eu entenda que não há energia inesgotável para minhas produções literárias, mas tampouco a energia que falta pode ser suprida a partir de fontes diversas da existente em meu coração.

Saudações literárias!
Roberto Laaf

terça-feira, 9 de julho de 2013

A festa do luto


Aqueles que me conhecem mais de perto sabem o quanto esta semana pesa em meu coração, e, que, por razões óbvias, prefiro ficar em silêncio e guardar certo luto ano após ano. Alguns simplesmente não conseguem respeitar isso, mas sei que não é por mal, sei que querem me ver bem, ver-me “feliz”, mas entendam que isso jamais será possível nesta semana, em qualquer que seja o ano. 

ONTEM foi aniversário de morte da minha mãe-querida, que cuidou de mim de forma carinhosa e cheia de entrega para que nada me faltasse durante a infância e adolescência; sei, cada vez mais, o quanto isto foi desafiadoramente difícil, e sempre serei grato a ela pelas “outras oportunidades” que a vida tinha a oferecer e que ela soube me fazer enxergar.
 
HOJE é aniversário de morte do meu pai, que somente em seus últimos meses de vida tive a oportunidade de estar tão perto de seu coração, em viver como pai e filho, ainda que na hora da dor, e por um breve período de tempo. 

AMANHÃ é um dia como outro qualquer, acreditem ou não (e gostaria muito que todos acreditassem), é um dia que passei a odiar por ter de ouvir “parabéns” ou “felicidades”.

Costumo ouvir que quando perdemos pessoas que amamos, elas também levam um pouco de nós ao partir, mas isto não é totalmente verdade; a verdade é que elas continuam levando um pouco de nós a cada momento que lembramos a perda, quando em cada lembrança pesamos as vezes que nós fomos ingratos ou, ainda, quando identificamos as oportunidades que perdemos ao lado dessas pessoas especiais por questões tão pequenas e egoístas.

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