sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lançamento de Aura Negra

Recentemente tive a oportunidade de participar de um evento promocional: o lançamento do livro Aura Negra, segundo volume da série Academia de Vampiros, cuja autoria pertence à Richelle Mead.

Acho importante essa iniciativa por parte das editoras. Não deixa de ser uma forma de levar ao público leitor certo gostinho de estar perto de seus autores favoritos, um alento pelo fato de, em muitos casos, tais autores residirem em outros países.

Fiquei muito surpreso com a estrutura do evento, ou melhor, com a maneira como ele foi preparado e conduzido. Habituado a noites de lançamento com a presença do autor, com estes normalmente concedendo autógrafos enquanto a editora e seus parceiros oferecem ao menos um prosecco aos convidados, não fazia ideia de como seria um lançamento sem o autor, ou lançamento promocional, como citei no primeiro parágrafo.

A apresentação de vídeos com entrevistas da Richelle Mead; de fotos de modelos representando os personagens mais importantes da saga e toda a dinâmica interativa com o público foram ótimas. Não posso deixar de comentar sobre a generosidade da editora com a distribuição de brindes, pôsteres e livros com sorteios e um divertido quiz, no qual tive a sorte de ganhar meu exemplar de Aura Negra.

O ponto alto do evento, a meu ver, foi a apresentação de um emocionante clipe referente ao primeiro volume da saga, elaborado por fãs, com efeitos especiais que não deixavam nada a desejar e poderiam muito bem, pela qualidade que testemunhei, produzir o filme inteiro. O público foi ao delírio com o vídeo.

Quanto aos leitores que estavam no evento, posso dizer que tive uma experiência maravilhosa ao estar perto daquele público tão jovem e cheio de energia. Era possível sentir “magia” fluindo entre as pessoas; todos estavam com um brilho tão intenso nos olhos que só tenho uma palavra para definir o que foi aquela tarde: felicidade.

Por que eu deveria estar ali? Bem, entre muitos motivos, posso citar o mais óbvio: tornei-me admirador da Richelle Mead ao ler o O beijo das sombras, e, além disso, como o lançamento promocional do novo volume foi na Saraiva do NYCC, que ainda por cima tem o Café Baroni, combinação irresistível; mas havia outro motivo importante, o contato com o público jovem para entendê-lo melhor, sentir sua vibração, testemunhar suas reações e captar seus anseios quanto ao que gostariam de ver na saga, ou seja, um estudo mesmo, para um romance novo que comecei a desenvolver, a pedidos de uma fã dos meus trabalhos.

Resumindo: Foi um prazer incrível ter vivido aquela tarde. Saí de lá com a sensação de que nenhum tempo foi desperdiçado, que tudo foi válido e afirmo que adorei o aprendizado.

Saudações literárias!
Roberto Laaf

terça-feira, 27 de abril de 2010

Gêneros literários

Uma das coisas que mais me agradam em meu processo criativo é a flexibilidade de gêneros a que me permito. Gosto da sensação de liberdade para escrever sobre variados temas, épocas e situações, sem me prender a um trilho opressor que me obrigaria à mesmice.

Não obstante, como sou uma pessoa bastante metódica, limitei essa variedade de gêneros a um grupo de seis. Na verdade, a escolha do grupo de gêneros teve muito a ver com o gosto pessoal que adquiri ao longo dos anos por esses, digamos, diferentes mundos que poderiam ser explorados.

Alguns autores, seja por conta de seus contratos com editoras, ou por conta de sua preferência absoluta, dedicam-se exclusivamente a um gênero especifico. Há autores, por exemplo, especializados em romances sobrenaturais, e então só escrevem sobre isso, o que acaba se tornando uma forma de identificação com o público leitor por meio de seu trabalho.

Acho importante que o autor seja identificado de alguma forma por seus leitores, ou pelos leitores de uma forma geral, mas não vejo a necessidade de tal identificação ocorrer obrigatoriamente por meio de um gênero literário específico. Em meu caso, por exemplo, o que procuro deixar claro em meus trabalhos, independentemente do gênero, é a sensibilidade com a exposição dos sentimentos humanos e suas inter-relações.

Obviamente, eu poderia criar um pseudônimo diferente para cada gênero escolhido, aliás, isso é muito usado por vários autores aqui e lá fora. Mas neste ponto sou obrigado a confessar certo “narcisismo literário” de minha parte, e também que eu não saberia conviver com a existência de uma obra criada por mim que não fosse marcada com o Laaf.

Como exemplos recentes, poderia citar a obra “Aprendendo a seduzir”, da Meg Cabot, que na verdade foi assinada como Patrícia Cabot. É a mesma Cabot, claro, mas neste caso, parece que a ideia dela era diferenciar, pelo pseudônimo, o tipo de conteúdo voltado a outro público-alvo, mais adulto, e não o da “Meg Cabot”; há ainda a nova publicação de Sidney Sheldon: A Senhora do jogo, que na verdade foi criada pela autora Tilly Bagshawe. Sheldon morreu em 2007, mas a editora decidiu manter a linha de publicação no melhor estilo Sheldon, mantendo seu nome figurando como autor da obra. Acho que neste caso nem cabe o uso da palavra pseudônimo, porque o que Tilly na verdade está fazendo, em minha opinião, é um trabalho encapsulado de ghost writer, com concessão da família do falecido autor.

Enfim, de uma forma ou de outra, são situações que não fazem parte da minha realidade, primeiro porque não tenho público-alvo distinto, a não ser pela própria proposta contida em cada gênero, e depois porque nunca tive interesse em trabalhar como ghost writer, já que para realizar meus projetos literários precisarei viver cerca de duzentos anos.

Para finalizar o post sem deixá-los curiosos, listo a seguir os seis gêneros literários que servem de base para todos os projetos literários que tenho planejado:

- Drama contemporâneo
- Ficção Fantástica
- Ficção Científica
- Geopolítico
- Histórico
- Terror/ Sobrenatural

Posteriormente comentarei aqui no blogue sobre quais projetos, em cada gênero, estão em andamento e o que tenho planejado para o futuro.

Saudações literárias
Roberto Laaf

ISBN (International Standard Book Number)

Como alguns leitores (e autores) já vieram me perguntar sobre o assunto, resolvi criar aqui no blog mais um marcador, chamado dicas, que usarei sempre para passar alguma informação que entendo ser interessante. Tudo bem... Admito estar agora abrindo uma exceção, criando um marcador que não estava previsto para o blog, mas acredito ser por uma boa causa.

ISBN é aquele número que normalmente aparece na quarta-capa dos livros, sempre acompanhado de um código de barras, e trata-se de uma padronização internacional para identificar cada publicação por origem de nacionalidade e editora, individualizando-a em seguida por edição e título.

Para o mercado literário, a utilização do código de barras correspondente ao identificador numérico da publicação, trouxe uma série de benefícios, desde a facilidade em se organizar e controlar estoques, distribuição e vendas até a garantia de que a publicação solicitada pelo leitor em uma livraria será exatamente aquela que deseja.

O código ISBN não é algo exclusivo às empresas (editoras) e podem ser requeridos também pelos autores que editam e publicam suas próprias obras, ou seja, o requerimento vale tanto para pessoa jurídica quanto para pessoa física. A diferença está em restringir o autor a editar e publicar apenas livros de sua própria autoria.

Não é complicado requerer o código ISBN, basta ter um pouquinho de paciência para preencher os formulários necessários (cadastro e requerimento) que podem ser baixados em arquivo PDF. Há, inclusive, modelos de preenchimento para ambos, e o único trabalho de fato será “copiar” as informações alterando apenas aquelas que estejam de acordo com sua própria obra.

O cadastro é necessário somente uma vez e deve ser feito obrigatoriamente com o requerimento de um primeiro código ISBN, ou seja, não é possível realizar o cadastro, seja de pessoa jurídica ou pessoa física para futuramente requerer um código ISBN. Só há cadastro se houver o primeiro número a requerer.

Os custos para cadastro e requerimento, em valores atualizados para este mês, são respectivamente R$ 180,00 e R$ 12,00, e, havendo interesse pelo fotolito com o código de barras, normalmente usado pelas gráficas para inseri-lo na quarta-capa do livro, há um custo adicional de R$ 22,00.

O primeiro requerimento é mais caro por conta do cadastramento na agência, mas para as futuras publicações, cada código requerido, já com o fotolito do código de barras, sairá por R$ 34,00.

Informações importantes: Uma vez requerido e aprovado, o código tem validade apenas para uso no ano em que foi requerido; o código não pode ser reaproveitado por outra editora/editor e nem tampouco para outra edição da mesma obra.

O escritório da Agência Brasileira do ISBN fica no Rio de Janeiro à Rua Debret nº 23, sala 803 – Centro. Para maiores informações sobre o código ISBN visitar a seguinte página no website da Fundação Biblioteca Nacional: http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=26

Saudações literárias!
Roberto Laaf

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nos bastidores de Horizontes

Escrever um livro, normalmente, vai muito além de se sentar diante de um computador e construir suas páginas. Requer maior envolvimento e comprometimento do autor com sua obra. É preciso somar às informações genéricas já obtidas diariamente, outras mais específicas e inerentes ao trabalho proposto e que somente são encontradas quando saímos a campo. E, quando digo sair a campo, não estou me referindo a alternar de aplicativo e fazer centenas de buscas no Google, estou me referindo a sair a campo no sentido literal.

O projeto Horizontes foi e está sendo um trabalho dos mais intensos e cansativos. Digo foi porque a trilogia está, de fato, praticamente concluída, restando fazer apenas a revisão do último volume, e, está sendo, porque a trilogia é apenas o ponto de partida do projeto; a série que vem a seguir continua sedenta de informações que precisam ser colhidas em variadas fontes físicas.

Para a trilogia, foram necessárias diversas visitas e entrevistas que visavam enriquecer o trabalho tanto no sentido de proporcionar verossimilhança com o mundo real em que vivemos quanto no de oferecer ao leitor um resultado que fosse merecedor do tempo e atenção que ele doará.

Cada visita agendada contou com um roteiro de elementos que precisavam ser desvendados, um roteiro de perguntas que precisavam ser feitas a pessoas suficientemente competentes nos assuntos que precisavam ser esmiuçados, estudados e aprendidos. Às vezes, nestes processos, a quantidade de informações colhidas era enorme, e nem sempre o conteúdo era todo aproveitado. Faz parte do meu processo de criação do livro obter a maior quantidade possível de informações, mesmo que depois não sejam usadas.

Entre os locais visitados, excluindo as delegacias de polícia, tive enorme prazer em conhecer o Sheraton Hotel na Barra da Tijuca, o fantástico restaurante Terral, ao lado do lounge do mesmo hotel, e, além disso, fiquei imensamente surpreso pelo carinho e tempo que o dr. Sérgio Ripper, da Clivet Recreio, dedicou a mim, esclarecendo cada ponto do meu roteiro de entrevista que imaginei necessário para criar o dia-a-dia de Ana Clara e Clarisse na Pet’s Health.

Tive vontade de visitar um ou dois presídios, mas confesso que a certa altura das pesquisas no tocante ao lado criminal da história, já não contava com o devido ânimo para tanto, e, neste quesito em particular, as buscas limitaram-se ao material impresso em revistas, livros, jornais e documentários televisivos. Além disso, como noutra época tive a oportunidade de conhecer o setor carcerário da Polinter (como visitante), acredito ter conseguido juntar informações suficientes para o que eu necessitava na ocasião.

Para a série Horizontes em si, que será divida em quatro vertentes distintas, a primeira delas, abordando o meio acadêmico infantil e todos os potenciais riscos que ele proporciona às crianças, as pesquisas têm contribuído bastante para um inesperado abatimento pessoal. A necessidade de acompanhar atentamente as informações sobre os inúmeros crimes cometidos contra crianças e adolescentes, o acesso à quantidade absurda de ocorrências semanais, dos mais bestas aos mais hediondos crimes, e a absurda estatística, foram um verdadeiro choque.

O lançamento do primeiro volume, Horizontes – Revelações, que estava programado para abril deste ano, será efetivamente lançado em meados de novembro.

Saudações literárias!
Roberto Laaf

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